Nos últimos anos, o Brasil testemunhou um aumento preocupante nos casos de crimes relacionados ao Pix, especialmente os conhecidos como “sequestro do Pix“.
Nesse sentido queremos alertar que essa prática criminosa combina a velocidade e praticidade do pagamento instantâneo com a vulnerabilidade das vítimas, resultando em sequestros-relâmpago onde as transferências via Pix são exigidas como parte da extorsão.
Dessa forma popularidade do Pix, lançado oficialmente em 2020 pelo Banco Central, transformou a forma como os brasileiros realizam transações financeiras. No entanto, essa mesma facilidade abriu portas para novas modalidades de crimes, evidenciando a importância de medidas preventivas e conscientização para reduzir os riscos.
Como Funciona o Sequestro do Pix
O “sequestro do Pix” acontece quando criminosos sequestram uma vítima e exigem transferências financeiras imediatas por meio da ferramenta Pix.
A abordagem feita a vítima é muitas vezes direta, os sequestradores forçam a vítima a compartilhar senhas bancárias, desbloquear aplicativos financeiros ou mesmo a ligar para familiares e amigos solicitando ajuda financeira, que é enviada diretamente para contas controladas pelos criminosos.
Dados Alarmantes que preocupam as autoridades
Em São Paulo, por exemplo, de janeiro a setembro de 2022, foram registrados, acreditem! mais de 5 mil casos de extorsão, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública.
Esse número demonstra um crescimento significativo em relação aos anos anteriores, indicando a adaptação dos criminosos às novas tecnologias financeiras.
Golpe do Pix x Sequestro do Pix
Embora relacionados, esses crimes possuem diferenças importantes:
• Golpe do Pix: Envolve fraudes cibernéticas, como links falsos, promoções fraudulentas ou mensagens que se passam por bancos e empresas.
• Sequestro do Pix: É um crime físico, onde a vítima é retida e forçada a realizar transferências.
Ambos representam grandes riscos e demandam ações preventivas específicas.
Como se Proteger do Sequestro do Pix
Adotar medidas de segurança pode reduzir significativamente o risco de ser alvo desse tipo de crime. Confira algumas dicas práticas:
- Configure Limites de Transferência no Pix
Definir limites diários e noturnos para transferências reduz o potencial de prejuízo em caso de coação. Isso pode ser feito diretamente no aplicativo do seu banco.
- Esteja Atento ao Ambiente
Evite usar o celular em locais públicos ou ao caminhar em áreas com pouca segurança. Manter-se vigilante diminui as chances de se tornar um alvo.
- Utilize Aplicativos de Rastreamento
Aplicativos que compartilham sua localização em tempo real com amigos ou familiares podem ser valiosos em emergências.
- Evite Exposição Excessiva nas Redes Sociais
Informações sobre sua rotina, localização e bens materiais podem atrair criminosos. Limite o acesso às suas publicações e compartilhe dados pessoais com moderação.
- Reforce a Segurança Digital
Use autenticação em dois fatores em aplicativos bancários e mantenha seu celular protegido com senhas fortes.
- Planeje seus Trajetos
Contudo, evite trajetos inseguros, especialmente à noite. Caso seja inevitável, prefira transportes seguros como aplicativos confiáveis ou táxis credenciados.
- Tenha Seguro para Carteira Digital
Algumas seguradoras oferecem planos que cobrem prejuízos em caso de fraudes e sequestros relacionados ao Pix.
O que Fazer se For Vítima
Se você ou alguém próximo for vítima de um sequestro do Pix, é crucial agir rapidamente:
- Registre um Boletim de Ocorrência: Forneça o máximo de detalhes possível para ajudar nas investigações.
- Entre em Contato com o Banco: Relate o incidente e solicite suporte. O Banco Central oferece um Mecanismo Especial de Devolução (MED) que pode auxiliar.
- Guarde Evidências: Mensagens, ligações e capturas de tela podem ser fundamentais para recuperar os valores.
- Informe as Autoridades Competentes: Além da polícia local, comunique o caso ao Banco Central e à Polícia Federal.
Conclusão
Então para finalizarmos o “sequestro do Pix” é uma realidade que exige atenção redobrada. Prevenir é sempre a melhor solução, e isso começa com a conscientização e a adoção de hábitos seguros no dia a dia.
Nesse sentido utilize as ferramentas disponíveis, como limites de transação e rastreamento, e mantenha-se informado sobre os métodos usados por criminosos. Lembre-se: estar atento pode ser o diferencial entre a segurança e a vulnerabilidade.
Esteja sempre vigilante, proteja suas finanças e compartilhe essas informações para que mais pessoas possam se prevenir contra esse tipo de crime.