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Consignado CLT: O Guia Completo para Migrar sua Dívida e Pagar Menos Juros



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Você, trabalhador com carteira assinada, já se sentiu preso a um empréstimo consignado com taxas de juros que parecem não diminuir? A boa notícia é que o cenário mudou.

O novo Consignado CLT, também conhecido como Crédito do Trabalhador, está revolucionando o mercado e já movimentou R$ 50 bilhões em apenas seis meses, beneficiando mais de 5,4 milhões de brasileiros.

Se você possui um contrato de empréstimo antigo, esta é a sua chance de economizar. A migração (ou portabilidade) para o novo modelo pode significar uma redução real nas suas parcelas mensais.

Neste guia completo, vamos desvendar como funciona essa transição, qual a taxa de juros média e o que você precisa fazer para garantir o melhor negócio.

O Fim do Convênio Exclusivo: Mais Liberdade para o Trabalhador

Antes, para conseguir um empréstimo consignado, o trabalhador dependia de um convênio que sua empresa tinha com um banco específico. Isso limitava suas opções e, consequentemente, seu poder de negociação. Se o banco parceiro oferecia taxas altas, não havia muito o que fazer.

Esse modelo está com os dias contados e será extinto em novembro.

O novo Consignado CLT quebrou essa barreira. Agora, o poder de escolha está nas suas mãos. Você não depende mais da sua empresa ter parceria com um banco. Através da sua

Carteira de Trabalho Digital, você pode receber e comparar propostas de diversas instituições financeiras habilitadas, garantindo muito mais competitividade e, claro, juros menores.

Os Números Comprovam: A Migração é um Sucesso

Os dados do governo federal mostram que a novidade foi muito bem recebida. Nos últimos três meses, um volume impressionante de R$ 15,7 bilhões em contratos antigos já foi migrado para o Crédito do Trabalhador.

O resultado mais importante para o seu bolso? A taxa de juros média nessas operações ficou em 2,65%. Compare com a taxa do seu contrato atual e veja o potencial de economia!

A expectativa é que, até outubro, mais de R$ 40 bilhões em dívidas antigas sejam renegociadas sob as novas regras.

Passo a Passo: Como Fazer a Portabilidade do seu Empréstimo Consignado

Migrar sua dívida é mais simples do que parece. O processo foi desenhado para ser rápido e transparente, dando a você o controle total. Siga os passos:

  1. Autorize e Pesquise: O primeiro passo acontece no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. Lá, você autoriza que os bancos consultem seus dados básicos para oferecer crédito (como margem consignável e tempo de empresa).
  2. Receba as Ofertas: Em até 24 horas, você começará a receber propostas de diferentes bancos diretamente no aplicativo ou nos canais das instituições.
  3. Solicite a Portabilidade: Ao encontrar uma oferta com juros mais baixos e condições melhores, entre em contato com a instituição financeira escolhida e solicite a portabilidade da sua dívida.
  4. Aguarde a Contraproposta (ou a Liberação): O banco onde está seu contrato atual será notificado e terá a oportunidade de fazer uma contraproposta para igualar ou cobrir a nova oferta.
  5. Conclusão: Se o seu banco antigo não fizer uma contraproposta vantajosa, ele é obrigado por lei a liberar seu contrato para a nova instituição. O processo de portabilidade costuma levar entre 7 e 10 dias úteis.

Checklist do Especialista: 7 Cuidados Essenciais Antes de Trocar seu Contrato

Para garantir que você está fazendo o melhor negócio possível, Jorge Kotz, CEO do Grupo X, compartilhou dicas valiosas. Adaptamos em um checklist prático para você:

  1. Conheça sua Dívida Atual: Antes de tudo, peça ao seu banco atual um extrato completo da sua dívida. Você precisa saber o saldo devedor, a taxa de juros nominal e, principalmente, o Custo Efetivo Total (CET), o prazo restante e o valor da sua parcela.
  2. Compare o CET, Não Apenas os Juros: A taxa de juros é o principal atrativo, mas o que realmente importa é o CET, que inclui todas as taxas e seguros embutidos. Uma proposta com juros um pouco maiores, mas sem taxas extras, pode ser mais vantajosa.
  3. Cuidado com Prazos Longos: Reduzir a parcela estendendo o prazo pode parecer um alívio imediato, mas no final você pode acabar pagando um montante total de juros muito maior. Calcule o valor total pago nas duas simulações.
  4. Pesquise a Reputação do Novo Banco: Taxas baixas não compensam um atendimento ruim ou falta de transparência. Verifique a reputação da nova instituição em sites de reclamação e canais de consumidores.
  5. Entenda Seus Direitos: Lembre-se: a portabilidade é um direito seu. A instituição antiga não pode negá-la e tem prazos legais para responder. A troca é garantida por lei.
  6. Atenção aos Custos Escondidos: A portabilidade em si não pode ter tarifas, mas fique atento a possíveis custos acessórios, como a necessidade de abrir uma nova conta corrente que tenha uma cesta de serviços paga.
  7. Analise o Impacto Real: A troca trará um alívio real para o seu orçamento mensal? A nova parcela se encaixa confortavelmente em suas finanças? O objetivo é ter mais saúde financeira, e não apenas rolar uma dívida.

Como Funciona o Consignado CLT na Prática?

• Margem Consignável: Você pode comprometer até 35% da sua renda mensal com as parcelas.

• Garantias Adicionais: É possível usar até 10% do saldo do seu FGTS e 100% da multa rescisória como garantia, o que pode ajudar a conseguir taxas ainda mais baixas.

• Desconto em Folha: O pagamento continua sendo prático e seguro, descontado diretamente do seu salário através do eSocial.

• Abrangência: Além de funcionários de empresas privadas, o programa também está disponível para empregados domésticos, trabalhadores rurais e funcionários de MEIs.

• Em Caso de Demissão: Se você for desligado da empresa, o saldo devedor será descontado das suas verbas rescisórias, respeitando os limites legais.

A era do Consignado CLT chegou para empoderar o trabalhador. Informe-se, compare e use esse direito a seu favor para organizar suas finanças e economizar um dinheiro precioso.

*Com informações de Agência Brasil

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